Alunos do 9º ano debatem sobre o impacto das redes sociais
Ao entrar na sala de aula, algo já chamava a atenção: as carteiras já não estavam dispostas em fileiras tradicionais. Metade da turma se organizava de um lado, a outra metade do outro, formando dois grandes grupos. No centro, o silêncio antes do início de uma atividade diferente: um debate estruturado sobre redes sociais.
A dinâmica ocorreu durante as aulas de Redação, com os alunos dos 9ºs anos A e B do Colégio Anglo Salto, e foi pensada com um propósito claro: proporcionar aos alunos a vivência prática da construção de ideias, da escuta respeitosa e da defesa consciente de pontos de vista.
O tema em questão: "As redes sociais oferecem mais benefícios ou malefícios aos jovens?", escolhido pela relevância e proximidade com a realidade dos estudantes. Afinal, trata-se de um universo que eles conhecem bem, mas que precisa ser compreendido com profundidade.
Debate: espaço de fala, escuta e construção coletiva
Durante a atividade, cada lado apresentou dados, exemplos e reflexões para sustentar opinião. Entre as falas, surgiram temas como o impacto da comparação nas redes, o uso excessivo de telas, os benefícios das conexões e o acesso à informação.
Em vez de repetir ideias prontas, os estudantes foram estimulados a problematizar, buscar causas, consequências e propor caminhos de equilíbrio no uso das redes sociais.
Mais do que um embate, o que se viu foi uma troca enriquecedora, em que cada aluno pôde se colocar, ouvir o outro e construir argumentos com base em repertório, lógica e empatia.
Redação como ponte entre o conhecimento e a vida
Essa proposta está alinhada com a visão pedagógica do Colégio Anglo Salto, que entende que formar bons redatores vai muito além de ensinar fórmulas para o vestibular. É preciso, antes de tudo, formar pensadores. Aulas como essa têm como objetivo expandir o olhar dos estudantes para o mundo ao redor, incentivando-os a se posicionar com embasamento, clareza e consciência.
Além disso, o repertório construído em sala é um diferencial importante na preparação para provas como o ENEM e vestibulares em geral. Temas atuais, como o uso das redes sociais, são frequentemente explorados nas propostas de redação, e a capacidade de articular ideias com profundidade e coerência pode ser determinante no desempenho dos alunos.
Pais e responsáveis que valorizam uma educação voltada para a formação integral do estudante podem se orgulhar de ver seus filhos envolvidos em discussões desse nível. O Colégio Anglo Salto compreende que a escola tem o papel de formar cidadãos preparados para o mundo, e isso inclui saber dialogar, respeitar opiniões divergentes e sustentar seus próprios pontos de vista com responsabilidade.
Formação cidadã e consciência digital
Outro ponto importante da atividade foi a abordagem sobre o uso consciente das redes sociais. Vivemos em uma era digital em que o tempo de tela cresce a cada ano e os jovens são usuários ativos de diversas plataformas. Mais do que alertar para os riscos, o colégio acredita que é fundamental educar para o uso responsável.
Ao discutir os impactos positivos e negativos das redes, os alunos passaram a refletir sobre seus próprios hábitos digitais. Perceberam, por exemplo, como o algoritmo influencia o tipo de conteúdo consumido, como a exposição exagerada pode afetar a saúde mental e como é possível utilizar essas ferramentas para fins produtivos, como estudo, divulgação de causas importantes e desenvolvimento de projetos.
Esses aprendizados contribuem diretamente para a formação de uma cidadania digital responsável, um dos pilares da educação contemporânea. Ao aprender a se posicionar com respeito, verificar informações antes de compartilhar, evitar discursos de ódio e usar as redes de forma saudável, os jovens se tornam protagonistas conscientes de sua atuação online e offline.
Um colégio que acredita no protagonismo juvenil
Um ensino que combina conhecimento técnico, reflexão crítica, ética e participação ativa. E é esse compromisso que o Colégio Anglo Salto reafirma em cada atividade. Saiba mais: Redação | Colégio Anglo Salto e Redação no topo do Enem | Colégio Anglo Salto
Como brincadeiras e jogos impulsionam o adolescente
Competências socioemocionais crescem quando o corpo e a mente são desafiados de maneira prazerosa. Em rodas de jogos de tabuleiro, em partidas no pátio, em desafios criativos ou em experiências digitais bem mediadas, o adolescente exercita tomada de decisão, regula emoções e aprende a conviver. O que parece só diversão cria repertório para a vida: atenção mais afinada, memória de trabalho ativa, persistência diante de erros e a noção de que cooperação e competição podem conviver com respeito.
O cérebro adolescente reage com intensidade a novidades e recompensas. Brincadeiras e jogos organizam essa energia em tarefas com começo, meio e fim, estabelecendo metas claras que pedem planejamento, autocontrole e flexibilidade cognitiva. Enquanto o corpo se engaja — correndo, arremessando, encenando, manipulando peças —, circuitos neurais associados à memória, ao foco e à coordenação são estimulados. A sensação de conquista após uma jogada bem executada ou um problema resolvido cria um ciclo virtuoso: o adolescente experimenta o valor do treino e da estratégia e passa a tolerar melhor a frustração, condição indispensável para aprender conteúdos acadêmicos mais complexos.
A dimensão física não se separa da mental. Jogos que envolvem deslocamentos, ritmo e controle motor favorecem postura, resistência e consciência corporal, o que repercute na disposição para estudar e no sono. Mesmo atividades menos intensas, como xadrez, RPG de mesa ou cartas, pedem postura, atenção sustentada e leitura de contexto, desenvolvendo paciência e pensamento antecipatório. Quando a diversão é frequente e equilibrada, o ganho global aparece em pequenos sinais: mais ânimo pela manhã, maior capacidade de organizar o próprio tempo e menor tendência a abandonar tarefas diante de dificuldades.
Emoções reguladas e vínculos fortalecidos
Ambientes lúdicos funcionam como laboratório seguro para testar reações. Vencer sem humilhar e perder sem desmoronar são aprendizagens sociais que se treinam em cada rodada. Regras explícitas, turnos de fala, acordos e combinados ensinam negociação e justiça. Quando surgem conflitos, as desculpas, as reparações e os recomeços fazem parte do jogo — e essa experiência transfere-se para outras situações: trabalhos em grupo, debates em sala, convivência familiar. O humor e a alegria típicos das brincadeiras ainda atuam como antídoto para tensões do cotidiano, reduzindo a sobrecarga que pode vir de provas, redes sociais e exigências externas.
Nesse ponto, a escola e a família ganham um papel de mediação. Nos intervalos, em encontros de fim de semana ou em espaços comunitários, vale observar o que mobiliza cada jovem: alguns se engajam em desafios físicos, outros preferem estratégias silenciosas; há quem brilhe coordenando equipes ou criando narrativas. Identificar essas inclinações ajuda a aproximar o lazer do estudo, convertendo o que o adolescente faz com prazer em ponto de apoio para aprender. “Quando respeitamos a forma como cada jovem se envolve com o brincar, abrimos portas para escolhas saudáveis e para um aprendizado que faz sentido para ele”, destaca Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto.
Jogos como ponte para o conhecimento
A lógica das brincadeiras é a mesma que sustenta boas rotinas de estudo: objetivos claros, regras transparentes, feedback imediato e possibilidade de tentativa e erro. Em jogos de estratégia, o adolescente exercita raciocínio proporcional, probabilidade, leitura de padrões e cálculo de riscos — exatamente as ferramentas que aparecem em matemática e ciências. Em jogos narrativos, a linguagem, a argumentação e a coesão textual se fortalecem a cada diálogo. Em experiências artísticas e de criação, como teatro, música, desenho ou montagem de maquetes, conceitos de história, geografia e artes visuais emergem de modo concreto.
O efeito não depende de um único formato. Uma tarde de jogos de tabuleiro pode treinar atenção seletiva e memória de curto prazo; uma oficina de desafios cooperativos estimula escuta, liderança e empatia; uma partida esportiva fortalece a leitura de espaço, o respeito a regras e a tomada de decisão em segundos. Para muitos jovens, esse é o caminho para recuperar a autoconfiança acadêmica: descobrir que conseguem persistir em algo difícil — um lance tático, uma jogada criativa, uma coreografia — e, a partir daí, transferir a disposição para enfrentar temas escolares exigentes.
Equilíbrio entre telas e experiências presenciais
A tecnologia faz parte do cotidiano do adolescente, e jogos digitais, quando usados com critério, também desenvolvem habilidades. A atenção está, sobretudo, na qualidade da experiência e na gestão do tempo. Jogar on-line com amigos pode fortalecer cooperação e comunicação; criar mapas, programar fases ou construir mods convida à lógica, à criatividade e à persistência. O risco surge quando o tempo de tela substitui por completo experiências presenciais, empobrece o sono ou isola o jovem das relações familiares e comunitárias. Estratégias simples ajudam a equilibrar: acordos de duração, intervalos para movimento, variação de atividades e prioridade para tarefas escolares antes dos jogos — sem transformar regras em punições, mas em combinados compreendidos e, portanto, sustentáveis.
Esse diálogo é mais potente quando parte de uma escuta real. Perguntar quais jogos interessam, por que são motivadores e o que o jovem aprende com eles abre espaço para corresponsabilidade. O resultado costuma ser melhor do que proibições rígidas: acordos negociados respeitam o crescente desejo de autonomia do adolescente e, ao mesmo tempo, protegem saúde e rotina.
Proteção da saúde mental e prevenção de riscos
Rotinas com espaço para brincar reduzem tensão e sentimentos de inadequação. O adolescente encontra, nos jogos, um lugar para testar identidades com menor custo emocional, treinar paciência, perceber limites e reconstruir confiança após falhas. A ausência completa de lazer, por outro lado, aumenta o risco de fadiga, irritabilidade e isolamento. A chamada adultização precoce — quando a vida do jovem é tomada por obrigações e metas incompatíveis com sua etapa de desenvolvimento — costuma apagar o tempo do “gratuito”, aquela experiência que existe por si, sem finalidade utilitarista imediata. Preservar esse espaço não concorre com o futuro acadêmico; ao contrário, sustenta a energia necessária para trilhá-lo.
Sinais de alerta merecem atenção: abandono de atividades antes prazerosas, piora acentuada do sono, agressividade incomum durante jogos, isolamento prolongado ou dificuldade persistente em lidar com frustrações. Nesses casos, a intervenção começa pela escuta e pela reorganização das rotinas, com encaminhamento a profissionais de saúde quando necessário. A brincadeira é aliada, mas não substitui suporte especializado.
Família, escola e comunidade em sintonia
Quando os adultos cuidam do ambiente, as brincadeiras florescem com naturalidade. Espaços acessíveis, regras claras de convivência, tempos protegidos para lazer e modelos positivos de interação dão segurança. Em casa, cozinhar em conjunto, organizar pequenas gincanas, montar quebra-cabeças, improvisar cenas ou planejar piqueniques ressignifica o tempo compartilhado.Em espaços da comunidade, praças, bibliotecas, centros culturais e projetos esportivos ampliam repertórios e aproximam o adolescente de diferentes linguagens. Na escola, momentos de socialização bem-organizados e aberturas para iniciativas estudantis criativas mostram que o brincar não é um “extra”, mas parte da formação integral.
“O jogo é uma linguagem potente porque combina desafio e sentido. Quando o adolescente se vê capaz de progredir em passos pequenos, ele leva essa experiência para outras áreas da vida”, afirma Derval Fagundes de Oliveira. Ele observa que a fala reforça a importância de reconhecer o valor pedagógico do lúdico sem perder de vista o prazer que o sustenta.
Caminhos práticos para uma rotina viva
Uma rotina que acolhe brincadeiras e jogos não precisa ser complexa. O essencial é constância. Breves intervalos entre estudos com uma atividade de movimento, noites temáticas em família, encontros regulares com amigos para jogos de mesa, projetos criativos de fim de semana e a combinação de tempos on-line e presenciais compõem um mosaico suficiente para garantir frequência e variedade. Em vez de metas grandiosas, pequenas práticas repetidas constroem hábito. O adolescente percebe que tem onde recarregar as próprias baterias e aprende a se organizar para manter o que lhe faz bem.
Esse equilíbrio também inclui limites. No calor da competição, surgem frustrações e conflitos; é o momento de reafirmar regras, convidar à pausa e retomar quando o clima melhorar. Com adolescentes, transparência faz diferença: explicar por que uma regra existe e qual efeito tem no grupo inspira adesão mais sólida do que simples imposições. A convivência melhora quando todos entendem que o jogo é por diversão compartilhada, não por humilhar ou excluir.
O que o futuro ganha com o lúdico de hoje
Brincadeiras e jogos ensinam lições que se projetam para a vida adulta: o valor do treino, a paciência com processos, a ética na vitória, a dignidade na derrota e a alegria de construir algo em conjunto. Essas marcas aparecem depois em situações de trabalho e estudo, nas relações e nas escolhas pessoais. Ao sustentar um cotidiano com tempo para o brincar, a família e a escola estão investindo em cidadãos mais colaborativos, críticos e criativos — pessoas que sabem aprender com os outros e celebrar o que se constrói junto.
Para saber mais sobre adolescente, visite https://lunetas.com.br/atividades-para-fazer-na-adolescencia/ e https://blogs.oglobo.globo.com/mae-de-tween/post/pre-adolescentes-precisam-de-tempo-livre-para-brincar.html
Identifique sinais ocultos do bullying
Começar a observar pequenas mudanças de comportamento pode ser decisivo para identificar bullying cedo. Se uma criança evita o trajeto habitual para a escola, alega desculpas para faltar ou se recusa a falar sobre o dia, algo pode estar ocorrendo. Esses sintomas silenciosos muitas vezes precedem manifestações mais graves.
Mudanças abruptas no humor são alertas importantes. A criança que antes era comunicativa pode passar a se calar, apresentar irritação, tristeza inesperada ou alternar risos e choro sem motivo aparente. Dificuldade de concentração ou perda de interesse por atividades antes prazerosas também merecem atenção. O medo do convívio social, o isolamento progressivo em sala de aula e o afastamento de amigos com quem costumava brincar apontam para uma insegurança crescente.
Frases autodepreciativas, como “ninguém gosta de mim” ou “sou inútil”, indicam que a autoestima está sendo corroída. Vale monitorar também os pedidos frequentes de desculpas ou demonstrações de culpa exagerada diante de pequenas falhas. Se começar a evitar conversas, resumir respostas ou inventar justificativas evasivas para o cotidiano, talvez esteja escondendo sofrimento.
Sintomas físicos e queixas frequentes
Dor de cabeça, dor de barriga, náuseas e indisposições recorrentes, sem causa médica aparente, compõem um quadro frequente entre vítimas de bullying. Muitas vezes, essas manifestações são meios de “escapar” do ambiente escolar ou dos encontros negativos. Problemas de sono — como insônia, pesadelos, choro noturno ou sonolência excessiva — também são comuns.
Marcas físicas inexplicadas, como hematomas, arranhões ou vestuário rasgado, devem ser investigadas com cautela. Perdas ou danos frequentes de materiais escolares, dinheiro sumido ou objetos destruídos também sugerem comportamento de intimidação ou extorsão. Trajetos alternativos para ir ou voltar da escola, como evitar determinados caminhos ou lugares de risco, podem indicar que a criança está fugindo de locais onde se sente vulnerável.
Impacto no desempenho escolar e frequência
Quando uma criança sofre bullying, a escola passa a ser palco de ansiedade e insegurança, não de aprendizagem. O rendimento cai — notas sobem e descem abruptamente, tarefas ficam atrasadas e há desatenção nas aulas. Faltas frequentes, atrasos constantes e recusa explícita de ir à escola são sinais vermelhos. Em muitos casos, a criança inventa dores ou desculpas para permanecer em casa.
O envolvimento nas atividades extracurriculares diminui: desistir de clubes, aulas de esporte ou encontros sociais dentro da escola pode ser reflexo do receio de cruzar com algo desagradável. A presença constante da ansiedade no ambiente escolar prejudica a capacidade de memorizar, participar e articular ideias em sala de aula.
Diferença entre conflito e bullying
Nem todo atrito entre colegas representa bullying. Brigas eventuais fazem parte do desenvolvimento social, desde que não recorram a intimidações sistemáticas. O diferencial crucial é a repetição da agressão, a intenção de causar dano e o desequilíbrio de poder — quando o agressor exerce controle sobre a vítima. Reconhecer essa linha tênue evita que casos pontuais sejam tratados de modo exagerado ou que situações duradouras sejam naturalizadas.
Riscos além da infância
Os efeitos do bullying ultrapassam a fase escolar. A criança que vivencia intimidações repetidas pode desenvolver quadros emocionais graves como ansiedade prolongada, depressão ou transtorno de estresse pós-traumático. Em casos extremos, há relatos trágicos de autolesão e risco de suicídio associados ao sofrimento emocional intenso. A autoestima fragilizada tende a se perpetuar, dificultando relacionamentos futuros, desempenho acadêmico e inserção social.
Estudos e experiências práticas mostram que o bullying pode silenciar vítimas e deixar marcas que acompanham a vida adulta, afetando confiança e desenvolvimento pessoal.
O papel da escola
A escola ocupa uma posição estratégica: é entre seus muros que muitos episódios ocorrem, mas também onde pode ocorrer a reação mais transformadora. Protocolos claros de denúncia, canais de comunicação seguros e confidenciais, supervisão em pátios, corredores e áreas menos visadas são medidas necessárias. A formação contínua de professores e funcionários para reconhecer sinais sutis e intervir com empatia faz diferença na identificação precoce do problema.
Cabe à instituição promover campanhas de conscientização, debates, rodas de conversa e oficinas de empatia. Cultivar a cultura do respeito e da escuta ativa ajuda a romper o silêncio. O envolvimento dos alunos como protagonistas da cultura antiviolência aproxima valores de prática real.
Abrir espaço para diálogo diário, perguntando de forma cuidadosa sobre os pequenos detalhes do dia escolar — “com quem você conversou?”, “alguma coisa te incomodou?” — permite detectar tensões antes que se intensifiquem. Ouvir com calma, sem julgar ou pressionar, reforça que aquele momento é seguro para revelar o que está acontecendo.
Registrar comportamentos suspeitos — datas, locais, horário, palavras usadas, testemunhas — ajuda no diálogo com a escola. É importante agir com cautela, contatar a gestão ou coordenação antes de confrontar familiares ou alunos. A troca de informações com a escola deve ser feita com parceria e transparência, para que as medidas sejam coordenadas.
Buscar apoio psicológico externo é fundamental quando o sofrimento emocional ultrapassa o suporte familiar. A criança precisa saber que não está sozinha e que há caminhos de reconstrução emocional. Diálogos com profissionais favorecem estratégias de enfrentamento e fortalecem autoestima. “Ignorar pequenos episódios só fortalece o silêncio do bullying”, enfatiza Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto. Ele lembra que “a denúncia precoce e o olhar atento da família e da escola são essenciais para proteger e acolher as crianças que sofrem”.
Cuidados no ambiente digital
A extensão do bullying para ambientes online — o chamado cyberbullying — agrava o risco. Comentários ofensivos, exposição de imagens, difamação ou montagens em redes, grupos de mensagens ou jogos online atingem amplamente a vítima e penalizam seu tempo de descanso (também a casa deixa de ser refúgio). A monitorização digital, aliada ao diálogo sobre uso seguro da internet e respeito entre colegas, é parte da proteção.
A fácil replicação de conteúdos ofensivos e a viralização rápida ampliam o impacto emocional. O silêncio virtual favorece o agressor. Por isso, incentivar a denúncia digital, bloquear perfis ofensivos, conservar evidências e comunicar à escola ou autoridade são ações preventivas.
Caminhos para prevenção e fortalecimento
Uma escola que atua preventivamente estimula atitudes de empatia e solidariedade desde cedo. Projetos que promovem o respeito às diferenças, rodas de conversa sobre convivência e oficinas de habilidades socioemocionais criam uma cultura de acolhimento.
Nas famílias, fortalecer a autoestima da criança, valorizar suas qualidades, incentivar hobbies, relacionamentos saudáveis e ensinar assertividade — dizer “não” com firmeza — são práticas protetivas. Educar pelo exemplo: como tratamos conflitos em casa, como nos comunicamos sob tensão — as crianças observam.
Estabelecer canais de denúncia seguros, acessíveis e com confidencialidade na escola é essencial para que a vítima sinta que terá proteção ao se manifestar. Garantir acompanhamento, registrar ocorrências e revisar as intervenções permite ajustar estratégias.
Observar sinais sutis no comportamento, na saúde física, no rendimento escolar e nas relações sociais pode ser a diferença entre agir a tempo ou permitir que o bullying avance. Pais, educadores e dirigentes escolares precisam estar em sintonia, agindo com empatia, paciência e firmeza. A união entre escola, família, profissionais e estudantes constrói uma rede de proteção eficaz contra o bullying — garantindo que nenhuma criança sofra sozinha.
Para saber mais sobre bullying, visite https://www.tuasaude.com/o-que-e-bullying/ e https://vidasaudavel.einstein.br/como-identificar-e-ajudar-uma-vitima-de-bullying-ou-cyberbullying/